Vale do ribeira Petar

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Vale do Ribeira

Conheça as belezas do local

O Vale do Ribeira está caracterização pelo Histórico-Cultural está destacado que a os vestígios dos povos que inicialmente habitaram o Vale do Ribeira são muito antigos.

Os caçadores e coletores e, posteriormente, os povos agricultores, legaram aos habitantes contemporâneos técnicas milenares de cultivo da terra (De Blasis, 1988 apud Lino et al 2002).

Já os registros das ocupações no período colonial indicam que no século XVI estabeleceram-se os primeiros povoamentos: Cananéia e Iguape, em razão da exploração de ouro no rio Ribeira e em seus afluentes.
Esses núcleos litorâneos surgiram a partir das atividades exploratórias iniciais da região e configuraram-se como portas de entrada para o interior, e pontos de intercâmbio comercial de mercadorias.

No século XVII, a descoberta de ouro na serra de Paranapiacaba deu grande impulso de desenvolvimento e de interiorização territorial ao Vale do Ribeira e, por meio da mineração, muitos dos municípios, como Iporanga e Apiaí, foram fundados.

Com a exploração do ouro nas Minas Gerais no século XVIII, grande parte da população abandonou a região em busca de novas oportunidades. A mineração local entrou em decadência, e com ela a economia regional. A retomada econômica da região deu-se com a agricultura, até então praticada na forma de subsistência. Ela substituiu a antiga atividade mineradora e adquiriu  expressiva importância, principalmente com o cultivo de mandioca e arroz.

Iguape, no século XIX, tornou-se o primeiro produtor de arroz do país, integrando o Vale do Ribeira aos centros consumidores nacionais e internacionais. Os escravos negros trazidos pelos colonos para auxiliarem no trabalho local, e abandonados após a crise da mineração, junto com os fugitivos e os alforriados,formaram os quilombos e dedicaram-se à agricultura de subsistência e familiar, dando origem às comunidades remanescentes de quilombos, que somente no século XX seriam reconhecidas.

Essa intensa atividade econômica reativou o Porto de Iguape e, conseqüentemente, a navegação fluvial no rio Ribeira e em seus afluentes.

Mas logo os problemas inerentes de intensas atividades econômicas se estabeleceram, desde a concorrência mundial à deficiência dos meios de transporte. Na tentativa de amenizá-los, em 1827, abriu-se um canal – que futuramente seria conhecido como Valo Grande – com o objetivo de facilitar o transporte de mercadorias entre Iguape e Cananéia, superando algumas dificuldades de transporte e barateando o custo dos produtos. Contudo, no início do século XX, uma nova crise se instaurou, trazendo a decadência econômica para a região, agravada pela inviabilidade operacional do Porto de Iguape, em razão do seu assoreamento, causado pelo Valo Grande.

Mas, ao mesmo tempo em que Iguape entra em declínio econômico, a estrada de ferro Santos-Juquiá cria novas condições econômicas para a região do Ribeira, redirecionando o escoamento da produção de Iguape, e o transporte ferroviário começa, aos poucos, a substituir o transporte fluvial. A concentração de investimentos da economia cafeeira em outras regiões excluiu o Vale do Ribeira dos eixos de desenvolvimento do Estado de São Paulo, deixando a região sem incentivos para sua reorganização econômica.

Somente no final do século XIX e início do século XX, algumas medidas foram adotadas para a mudança das bases produtivas da região, inicialmente com os esforços empregados nos programas de imigração e colonização, e logo depois com a melhoria do sistema viário regional, que supriria as necessidades de distribuição da produção de chá e banana, bem como do pescado de Cananéia. Estas novas culturas, assim como a exploração comercial da pesca em Cananéia, despontaram e se estabeleceram como base da economia regional até os dias atuais.

A maioria dos programas de colonização iniciados não obteve os resultados esperados, pois grande parte dos imigrantes não se fixou na região, à exceção dos japoneses.

Estes tiveram grande importância na história social e econômica do Vale do Ribeira, pois além de se estabelecerem, introduziram melhoramentos nas técnicas de plantio dos produtos cultivados: com a imigração dos japoneses,

Registro se tornou o centro econômico do Vale do Ribeira, com os bananais substituindo o arroz nas áreas ribeirinhas, e o chá nas colinas.

A mineração, apesar de todo seu enfraquecimento no século XVIII, principalmente no alto Vale, continuou a se desenvolver, alterando seu foco para a exploração de outros minérios, como o chumbo, a prata e, mais recentemente (nos anos 50) e de forma mais continuada, o calcário e seus derivados – matérias primas para cimento e cal, bem como para insumos agrícolas, siderúrgicos e para tintas e vernizes, entre outros (Robles e Campana, 2001).

Na década de 1950, em virtude da grande extensão de áreas florestais conservadas, remanescentes de Mata Atlântica, também em virtude de seu isolamento geográfico e pouca dinâmica econômica, houve o início da criação de áreas de proteção ambiental no Vale do Ribeira, o que agravou, ainda mais, o quadro econômico e social da região, uma vez que restrições quanto ao uso e ocupação do solo foram estabelecidas.

Pode-se afirmar que até os anos 1960 o Vale não participou dos principais movimentos da economia paulista; somente quando se tornou palco de intensos combates entre os militares e os militantes de esquerda é que o Governo Federal empenhou grandes esforços no domínio da região, dada a necessidade de controle territorial. Iniciou-se, assim, a ampliação da infra-estrutura viária, com a construção da BR-116 (Rodovia Regis Bittencourt), para facilitar e controlar os acessos.

Essa rodovia, além de ligar São Paulo ao sul do país, redesenhou a ocupação territorial do Vale do Ribeira e promoveu grande valorização de terras. No cenário atual, a agricultura continua sendo a principal atividade econômica do Vale do Ribeira. A bananicultura e a teicultura ganharam certa representatividade econômica em meados do século XX, principalmente, na região do baixo e médio Vale do Ribeira, todavia, por se tratarem de monoculturas com alto grau de concentração fundiária, não foram significativas para mudar o quadro social e econômico da região.

Além destas vê-se um esforço de introduzir a fruticultura. O cultivo de palmito de espécies exóticas (pupunha e assai) também resulta em produção significativa. A pecuária extensiva é uma atividade de grandes e médios agricultores, enquanto a piscicultura tem sido incentivada em alguns municípios como alternativa. A  mineração tem igualmente importante expressão econômica. As atividades de manejo de recursos florestais, como a agrofloresta, o cultivo de ervas medicinais e aromáticas, das espécies ornamentais e principalmente o manejo sustentável em meio à floresta da espécie nativa do palmito (juçara), ainda que incipientes, mostram-se como uma fonte de alternativa econômica, principalmente para comunidades tradicionais (como as comunidades remanescentes de quilombos) e demais pequenos agricultores e posseiros da região.

A extração do palmito juçara representa a atividade extrativista de maior interesse, pois é vista pelas comunidades da região como uma alternativa de renda, embora grande parte de sua extração ocorra de forma predatória e ilegal. No turismo, destacam-se os atrativos do patrimônio espeleológico, as trilhas na Mata Atlântica, as praias e o lagamar, onde se pratica a pesca artesanal, comercial e esportiva.

O Vale do Ribeira, apesar de ter sido uma das primeiras regiões a sofrer o processo de ocupação do território paulista, permanece fora dos principais eixos de desenvolvimento econômico do Estado de São Paulo, e até os dias de hoje apresenta as menores taxas de urbanização, baixos índices de crescimento populacional, baixa densidade demográfica, predominância de população rural sobre a urbana e os piores índices de desenvolvimento humano do Estado de São Paulo.

 Mas, ao mesmo tempo abriga uma das mais extensas áreas contínuas de remanescentes de Mata Atlântica e o maior conjunto de áreas protegidas do Estado de São Paulo.

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